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CREF2/RS discute na Câmara da capital políticas públicas e solução para professores devolvidos à SMED
Postado em 27/03/2019
Fonte: CREF2/RS

O presidente José Edgar Meurer (CREF 001953-G/RS) e a conselheira Carmen Masson (CREF 001910-G/RS) estiveram representando o CREF2/RS na reunião da Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude da Câmara Municipal de Porto Alegre, nesta terça-feira, dia 26 de março. Eles foram ouvir os esclarecimentos de Rodrigo Kandrik, diretor-geral de Esporte, Recreação e Lazer da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania, sobre a retirada de professores de Educação Física de centros comunitários da capital e do próprio Ginásio Tesourinha, bem como sobre o sucateamento dos equipamentos esportivos municipais.

Segundo o Kandrik, os professores foram devolvidos à Secretaria Municipal de Educação (SMED) por conta de uma determinação do Ministério Público. Nelci Girardi, representante do Parque Alim Pedro, contestou a informação e reclamou sobre o desmonte da antiga Secretaria Municipal de Esporte. Segundo ela, muitas crianças em vulnerabilidade, frequentadoras da atividade no Alim Pedro, abandonaram os programas de prática desportiva. “Nunca vi uma economia tão burra”, advertiu. Élida Machado, do Centro Comunitário Parque Madepinho, também manifestou a sua contrariedade quanto à suspensão das atividades de ginástica artística no local. Para ela, está em curso um plano para privatizar parques e praças da cidade, prejudicando a prática esportiva em áreas públicas da cidade.

O Presidente do CREF2/RS iniciou a sua fala ressaltando o suporte histórico que o poder público municipal porto-alegrense sempre deu à atividade física na cidade, desde 1926 com a oferta de recreação pública à população. Meurer afirmou que este pioneirismo não deveria ser perdido, pois colocaria em risco a saúde da população.

Em nome do Conselho, Meurer cobrou uma definição sobre o futuro dos 14 professores de Educação Física, originários da extinta SME. “O Ministério Público exigia a volta dos docentes das disciplinas de matemática e português, não havendo nenhuma decisão jurídica sobre o retorno de professores de Educação Física. Mas, mesmo assim, eles foram retirados das comunidades, onde prestavam serviços relevantes, e foram realocados no suporte em bibliotecas e em afazeres burocráticos", criticou. "Além dos índices alarmantes de sedentarismo e doenças associadas, a retirada destes profissionais de Educação Física deixa sem atendimento uma fatia considerável da população”.

Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA